Odiado por uns e amado por outros, não há como negar que Paulo Coelho é um dos escritores brasileiros contemporâneos mais conhecidos.
Em O Mago, Fernando Morais traz a história de vida do escritor que vendeu mais de cem milhões de livros, do menino que foi parar no manicômio, do rapaz que experimentou várias experiências sexuais e foi até preso pela ditadura, mas que conseguiu na escrita alcançar o planeta.
E isso não é apenas um modo de expressão. Paulo Coelho conseguiu ser tão universal que foi elogiado por príncipes, rainhas, presidentes e até xeiques, sendo o autor vivo mais traduzido de todo o mundo.
Mas antes de atingir fama nos patamares de um popstar, Paulo Coelho teve que superar várias barreiras, entre elas uma marcante, que vinha de casa: sua própria mãe acreditava que ser escritor era uma “fantasia” e que só o Jorge Amado poderia viver dos livros.
Por tudo que Paulo Coelho representa hoje, vemos o quão errada ela estava…
Saboreie alguns trechos:
“Absorto nesses pensamentos, não notou os dois enfermeiros que se aproximaram e pediram que os acompanhasse até outra área do prédio. Conduziram-no a um cubículo de chão ladrilhado e paredes revestidas de azulejos, onde o dr. Benjamim o esperava. No centro do cômodo havia uma cama coberta com um grosso lençol de borracha e, ao lado, um pequeno aparelho parecido com um transformador de energia doméstico, com fios e manivela – era a chamada “maricota”, semelhante ao equipamento usado clandestinamente pela polícia para torturar presos e obter confissões e se apavorou:
– Quer dizer que vou tomar choques?” (p. 175-176)
CLIQUE AQUI PARA OUVIR: O Mago